Hoje pretendo abordar alguns assuntos relacionados com a Optimização para Motores de Pesquisa que normalmente prejudicam ou não melhoram o posicionamento do nosso site nos motores de pesquisa ou que não nos deixam ser produtivos ao ponto de fazer o que realmente interessa.
Algumas das coisas que vou referir aconteceram em determinada altura comigo ou acontecem frequentemente sem que nos apercebamos disso claramente. Acontecem certamente com muitos outros bloggers ou webmasters que pretendem aumentar o tráfego e obter um melhor posicionamento do seu site nos motores de pesquisa.
Overload de informação: deve haver milhares de sites e blogs que abordam o tema do SEO. Quantos subscrevem ou seguem afincadamente? Muitos dos leitores do tolnetwork tem também um blog que aborda esta temática. Ler muitos blogs, livros, e tudo o que está disponÃvel sobre SEO pode paralisar o nosso dia, chegando ao final sem realmente fazermos algo de positivo ou sem criarmos um único pedaço de conteúdo. A solução pode ser deixar de ler muitos dos blogs que habitualmente não trazem nada de novo ou então guardar a leitura para horas diferentes do dia, aproveitando eventualmente a possibilidade dos telemóveis poderem servir para ler as feeds. Eu tenho 2 ou 3 referências a nÃvel internacional e mesmo nestes por vezes opto por não ler tudo.
Acreditar em tudo que lemos: muitas das técnicas que usamos para melhor o posicionamento dos nossos sites tem duas origens: ou são públicas e aceites como as melhores práticas para implementação de sites, como as Webmaster Guidelines do Google ou Bing, ou então são fruto dos testes que muita gente faz nos seus sites ou em sites de testes e depois divulga. No entanto o que funciona para uns pode não funcionar necessariamente para outros, ou então podemos estar a cair no erro de adoptar técnicas erradas ou que não vão contribuir em nada para um melhor posicionamento do nosso site. Outras técnicas podem ter realmente bons resultados a curto prazo e ser péssimas no longo prazo. Não acreditem em tudo que lêem, só porque alguém publica uma lista de regras, como é o caso desta ou de outras que existem em outros sites sobre SEO. Por outro lado seguir as regras dos outros, mesmo que correctas, não significa que o sucesso nos esteja garantido!
Rankings: os rankings podem servir para medir a evolução do nosso site relativamente a diversos parâmetros. Pagerank, Alexa, sitemeter, technorati, dnscoop, são vários os rankings existentes. Ficar muito preso a estes rankings e ficar obcecado com o pagerank que mostra na toolbar do Google é certamente um problema. O que dizem estes rankings sobre as vendas do nosso site ou a forma como são rentabilizados? O que dizem sobre o conteúdo que publicamos? Um site com pagerank zero pode ser muito bem rentabilizado. Um site com um ranking Alexa péssimo não significa muito se abordar algumas temáticas ou for de um paÃs com pouco tráfego. Ter muitos seguidores numa rede social que gera muitas visitas pode não servir de nada se esse tráfego não converter. Mais do que os rankings interessa olhar para o Analytics e saber interpretar os resultados e agir de forma a melhorar os resultados.
Descansar com os resultados obtidos: Um site bem posicionado hoje, não significa que o esteja dentro de 6 meses. Muitos outros webmasters e profissionais de SEO trabalham diariamente para melhorar o posicionamento dos seus sites e concorrem com o nosso. Um determinado tema ou keyword pode ser muito pesquisado hoje e dentro de um ano o interesse diminuir. Os próprios algoritmos dos motores de pesquisa mudam, como é o caso das mudanças anunciadas agora para o Google ou outros motores de pesquisa podem começar a ter mais peso como é o caso do Bing. A pesquisa tem-se tornado mais especÃfica, já pouca gente faz pesquisas por keywords de uma só palavra, o Google Suggest por exemplo é outro caso do que pode fazer mudar os termos pesquisados. A origem do tráfego pode mudar, e se a pesquisa do twitter se tornar mais relevante para determinados conteúdos? Interessa por isso estar atento à s tendências e promover as alterações dos nossos sites quando forem necessárias, se possÃvel antecipando algumas alterações anunciadas.
Ignorar os restantes motores de pesquisa: O Google domina como sabemos em praticamente todos os paÃses do mundo. No entanto, muitos outros motores de pesquisa são excelentes fontes de tráfego que não devem ser descurados. O Bing, Yahoo, Sapo são no meu caso os principais e muitas vezes convertem bastante melhor do que visitas do Google (em termos proporcionais). Eventualmente obter uma boa posição no SAPO para determinada pesquisa pode ser mais simples do que no Google e ter resultados muito bons. Quantos de vocês já verificaram como estão posicionados no directório SAPO, ou já submeteram o sitemap no webmaster tools do Bing?
Bloquear o acesso a conteúdo duplicado: muita gente bloqueia o acesso dos bots a páginas de conteúdo duplicado com medo de possÃveis penalizações. No entanto está estratégia pode ser má pois pode-se estar a perder o contributo de deeplinks para essas paginas que poderia fazer com que o site fosse melhor indexado e faz diminuir ainda possivelmente o número de backlinks. O ideal é usar redirects 301 ou a nova Canonical Tag. Eventualmente não percam muito tempo com isso, até que ponto o trabalho de rever um site totalmente compensa? Se apenas usam WordPress, os vários plugins de SEO resolvem o problema facilmente.
Optimizar o site apenas para uma keyword: muita gente optimiza um site para uma ou poucas keywords. Ou o termo é muito bom e tem mesmo muitas pesquisas, ou então esta não é a melhor estratégia, nomeadamente porque as pesquisas são muito mais optimizadas e os utilizadores conseguem ser muito mais especÃficos naquilo que procuram. Mesmo que o termo seja muito bom, ter uma estratégia muito mais abrangente será sempre muito melhor. É frequente usarem o mesmo anchor text nos backlinks que pedem ou nos links que submetem. Isso faz com que por um lado os links não pareçam naturais e por outro vai contribuir pouco para optimizar outras pesquisas ou variantes dessa palavra chave.
Perfil de backlinks desequilibrado: Um site deve ter muitos tipos de backlinks e para diferentes páginas do site. É frequente e vejo isso muitas vezes que eventuais troca de links ou referências a sites são feitas sempre para a homepage. Isso contribui para que o perfil dos links esteja desequilibrado. Um site deve ter links, (normalmente referidos por Deep links) para páginas com conteúdo relevante e que sejam mais difÃceis de chegar pela navegação, ou acessÃveis depois de 2 ou 3 clicks. Não deve haver também uma única fonte de backlinks para um site, como por ex apenas links de directorias, ou fruto de trocas de links. As trocas de links são interessantes mas devem acontecer preferencialmente com sites com o mesmo tipo de conteúdo. Estes devem ser apenas uma percentagem dos backlinks totais de um site.
Repetir o mesmo tÃtulo e descrição em todas as páginas: demasiado básico? Nem por isso, eu vejo isso muitas vezes em vários sites. Eu próprio tenho isso pelo menos num site por razões relacionadas com o código da página ou da forma como mostra o conteúdo. Sei que é um problema mas ainda não o corrigi. Mas muitas vezes este aspecto é ignorado por quem desenvolve sites e por um lado, ainda bem, pois permite-nos muitas vezes saltar facilmente a concorrência. O tÃtulo e descrição de uma página web são dos factores mais relevantes para um bom posicionamento.
Deixar de criar conteúdo de qualidade: aumentar o tráfego do nosso site, as vendas e ou conversões são muitas vezes os nossos principais objectivos, dependendo do tipo de site. O SEO Contribui para isso de forma espectacular, mas…criar conteúdo de qualidade faz com que as visitas ao site se repitam, que se ganhem backlinks mais facilmente. Conteúdo de qualidade não significa que tenha que ser algo de muito técnico e aborrecido, a colocação de um vÃdeo interessante, um glossário ou um artigo do tipo “Como fazer…†ou uma checklist de qualquer tema são excelentes consoante o caso. Criar uma página com conteúdo de qualidade pode demorar entre 5 min ou 5 horas. Fazer isto repetidamente vai eventualmente ser mais útil do que passar o tempo todo a pensar em SEO ou nos diversos rankings.